Comecei a ficar preocupada quando ele faltou no quarto
dia. Conversei com o Marcelo, que morava perto da
casa dele. Os dois sempre vinham juntos para a escola.
Também não sabia de nada. Até brincou.
- O Nel já está numa legal, foi bem o ano todo. Pode
se dar ao luxo de faltar.
Não concordei. Faltar por faltar? Não combinava com
o Nel. Ele queria rachar direto até a época da faculdade.
Queria entrar em Medicina. Justamente, um dos cursos
com mais candidatos. Combinamos que Marcelo passaria
na casa dele. Saber notícias.
No dia seguinte, chegou com a novidade:
- O Nel está doente.
- Doente, como?
- Não sei. Falei com a avó dele, que está passando
uns dias com a família. Parece que foi parar no hospital.
Hospital é o tipo de palavra que deixa a gente assustada.
Seria uma operação? Meu amigo no hospital. E eu
sem visitar, nem nada? Mais esquisito ainda, Marcelo não
tinha descoberto o nome do hospital.
- A avó dele disse que não sabia qual era.
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